sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Um pouquinho só

Às vezes eu queria

Que você ligasse

Que você parasse

Que você quisesse

Que você me amasse


Querendo que você cale

Que você escreva

Que você fale

Que você esqueça


Confesso que queria

Que você pedisse,

Que eu concordasse

E que, se desse,

Você ficasse.


Só esta noite.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Confissão

Ainda tem um ar de encantamento
Ainda tem o sorriso iluminado
Ainda me lembro da angústia diária
De imaginar se teria notado

Apertei num abraço infinito
Que não vai descolar nunca
Tamanha força havia
Ficou um pedaço (do coração, aqui no peito)

E te prometi tudo quanto quisesse
Mas tamanho medo eu tinha
Que voasse longe de mim
Que as grades machucaram,
Acabou por acabar assim.

E sei que ainda carrega no peito o meu sussurro
Daquela promessa (e ainda hei de cumprir)
Sei bem, como sei que é você
Aquele que era pra ser

E esperei quando você demorou
E você também esperou
E naquele dia, finda a espera,
Pareceu que o tempo parou...

Agora,
Vou te contar um segredo (mas bem baixinho)
Eu não me esqueci
E todas as vezes que neguei,
Menti.

sábado, 9 de agosto de 2008

E agora?

Eu não quero te ligar
Eu não quero mais sofrer
Eu não quero te encontrar
Eu não quero te perder
Não quero te machucar


Até quando evitar o inevitável...




até quando?

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Eu (por mim mesma).

Boca suja. Cadarço desamarrado, livro esquecido debaixo da mesa. Uma maçã na mochila, um chaveiro na mochila, uma piada no bolso. Uma música na cabeça, um montão de amigos na grama. Um cabelo meio desgrenhado, uma cara lavada.
Uma risada solta, uma unha descascada, uma opinião sincera. Conversa de meninos, companhia de meninos. Coração bobo de menina. Um pouquinho de tristeza lá no fundo do coração (tanta coisa mal resolvida), um lápis na mão. Um abraço fácil pra quem precisa, uma lágrima fácil bem na hora que não pode. Sempre uma resposta na ponta da língua, um relógio que corre só na hora que não precisa.
Um par de covinhas pra quem me faz rir. Facilidade com palavras. Frustração com números. Um segredo bem guardado pra quem ganha minha confiança. Uma explosão pirotécnica no cérebro. Um flamingo, chamado José. Um cabideiro chamado Frank. Uma fonte interminável de esperança.

E, pra não dizer que levou gato por lebre, uma teimosia que só se acalma quando vem o silêncio
.

domingo, 3 de agosto de 2008

Dilema

Meus amigos todos dizem que é melhor assim
Talvez seja, mas não acho.
Dizem todos que é melhor pra mim.
Talvez seja, mas não acho.

Alguns deles andam loucos
pra quebrar de novo o teu nariz
E mesmo assim, ainda acredito:
você é tudo o que eu sempre quis.

Ladainha

Uma hora, faz que sim
Outra hora, faz que não
Antes que se acostume,
já mudou de opinião.

E eu, que antes dizia
que tinha só você
hoje volto
a ter só ninguém.